Praticamente eu sempre fui em todas Flips, na verdade, talvez comecei mesmo depois do segundo ano, quando também fazia um evento em paraty chamado encontro de redatores publicitarios, o evento foi idealizado por um publicitário/jornalista do Rio, que tinha idéia de passar as propagandas fantasmas que são criadas com intuito de concorrer o festival de cannes, por exemplo.
Mas ele desistiu da idéia e decidiu fazer algo mais leve, por conselho dos colegas da aérea, disseram ninguém se inscreveria.
Eu, como criadora do Convention Bureau de Paraty, fui procurada por ele para produzir este evento, e lá fui eu buscar fazer o primeiro evento que tinha nomes como Nizan Guanaes e o presidente da AAlap da argentina, e queríamos promover o evento juntamente com a flip, já que aconteceria no final de semana seguinte, eu como promovedora da cidade, achava interessante que tivesse dois eventos proximos, pois os interessados em escrever em geral, poderiam passar uma semana inteira em paraty.
começamos a divulgação e tivemos um retorno muito rápido pois era gratuito, e a propaganda criada pela Que publicidade ( a mesma que fazia as propagandas para Petrobras) foi muito criativa.
De cara tivemos 800 inscritos e somente eu fazendo a secretaria e logistica do evento, quase enlouqueci, principalmente porque a cidade não tinha um espaço que comportasse 800 pessoas, até o proprio idealizador, e catolico praticante sugeriu que fizessemos na igreja matriz, pois nao tinhamos verba coisas como tenda, etc, e o pessoal da flip nem se interessou em se parceirizar a nós, eles já tinham fala que eram dados como superiores mesmo.
O padre concordou, e meu ex marido, também produtor de eventos, trouxe cadeiras confortaveis de sao paulo e tiramos todos os bancos.
O evento foi um sucesso, Nizan pagou seu proprio helicopetero para vir de Salvador e todos os que palestraram, contavam com o feito historico de falar de coisas futuristas ou profanas dentro da casa do senhor.
Fizemos este evento por mais 6 anos, sempre logo após a flip, mas nao crescemos com o evento e ele mingou, como todo evento tem uma vida útil mesmo, alguns vao lembrar da UD, feira de domesticos, que era mega sucesso.
Pois este ano, o que ví foi o declinio da grande Flip, não sei se foi a escolha da homenageada, que para ser honesta nem conhecia Ana Cristina, poetisa que suicidou aos 39 anos, fiquei curiosa por sua vida, pouco tive de resposta. Uma poesia marginal, mas que nem um pouco me tocou.
Poucos nomes e poucas discurssões interessante, uma coisa se tornando morna, para depois se tornar morta.
Algumas coisas ao redor ainda sobrevivem, como o Jornal da Folha ou casa do autor, onde tiveram mais conteúdo que a própria flip, mas pergunto se elas sobreviverão se a flip, for ladeira abaixo.
Este ano, faltou usar mais espaço, e provavelmente os organizadores vão falar que foi por falta de patrocinio, realmente os patrocinadores ( os mesmos) devem ter diminuido suas verbas, mas o que falta mesmo é um pouco mais de criatividade, acho que sr. mauro Munhoz perdeu, já que pelo que as más linguas contam....já não precisa do evento, que na verdade veio atraves das mãos de Miss Taylor, uma senhora que era de uma editora da inglaterra que veio para se desculpar com o Amir Klink por uma tradução erronea de um livro dele e se encantou por paraty, e tudo começou por suas mãos....e terminou por maos de comerciantes...enfim, tem muito mais coisa para contar disso...mas eu conto no proximo capitulo de peripecias da flip
enjoycris